Me desculpem se algum dia eu tentei existir, eu juro que eu não vou tentar mais.
Amanheceu mais uma manhã negra de sol apagado no reino da solidão,
Eu, o rei tento colocar o pé no chão , mais eu nunca paro de cair, quando eu penso que cheguei é quando caio em maior velocidade em queda livre , rumo ao fundo do abismo que não leva a nada e além .
Cicatrizes sempre abertas , de que me vale toda noite tentar concertar esses pontos com novos curativos se o amanhecer vem pra abrir tudo outra vez, eu sei vai chegar o dia em que não haverá mais pele ,nem carne , nem osso , meu corpo todo furado , minhas costas com pedaços de punhais encravados de tempos atuais e medievais.
não vou mais me defender , não vou mais gastar minha voz , minhas mãos , eu já tô velho pra suportar.
Meu asilo , meu exílio , meu silêncio , minha solidão.
Sim o estranho não vai mais incomodar, nem ouvir , nem chamar.
Comprei um milhão de correntes , tranquei bem os portões do meu jardim ,
sim eu estou lá nas profundezas daquela caverna , da floresta sem caminho, sem fim , sem inicio .
Tudo esta cercado de espinhos , espinhos negros de venenos , que minha dor projetou.
As víboras venenosas não vão chegar , eu não me permito mais ser atacado envenenado desse mal.
Junte tudo de ruim que vc escuta de mim , faça um livro e pode acreditar que é tudo verdade,
mais tem muito mais para vc saber.
Desculpas se algum dia eu tentei gritar.
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