cobri todos os espelhos ,eu não quero mais ver o meu reflexo .
O inverno logo vem bater em minha porta , o frio será aqui dentro e lá fora.
Como suportar o inverno no olhar de cada uma dessas pessoas que me espancam e cospem mesmo eu já caído no chão.
Lá vem uma chuva fria , acho que vou dançar ,lavar minhas mãos e meus pés.
Três horas da manhã eu não consigo saber se acordei agora ou ainda não dormi,
quanto tempo em que eu não sei como é ter alguém que realmente quis me ouvir com atenção,
se é que algum dia existiu um ser capaz.
Sei não sou maduro , nem bonito, não tenho as roupas que estão na moda e minhas mãos não seguram mais uma cerveja, mais tenho alguns amigos que eu posso contar nos dedos de uma mão.
Alienado , alien por vocação, desde da infância eu estava ali onde ninguém estava.
sabe as vezes cansa tanto silêncio , as vezes corta , um quarto escuro e tv ligada em um final de semana.
Eu passei meses lutando contra meu peito , venci algumas batalhas , mais hoje nessa noite, sinto que a guerra eu perdi, juro em tentei esconder mais eu não consigo,
sou mesmo esse ser sem alma, minha pele é feita de rancor , meu sangue é dor,
eu sou uma aberração, uma fera indomável , insaciável de ódio , tão amargo , tão só.
Os meus pedaços estão espalhados por essa cidade sem nome , sem ruas , sem casas, sem pessoas,
sem nada.
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